(Constantines Paizis – Federação Enxadrística Italiana)
Texto da palestra da ministrada no Seminário FIDE sobre xadrez escolar, organizado em Timisoara (Romênia, agosto de 1988).
INTRODUÇÃO
Ha muito de uma sutil estrutura na habilidade de jogo dos jovens
jogadores em idade escolar, na forma de entender o jogo de xadrez, no
benefício que eles esperam extrair do mesmo, e é uma tarefa bastante
complicada esboçar a abordagem correta para cada um dos vários grupos
nos quais esta grande variedade de estruturas pode ser subdividida.
Entretanto, se nos restringimos a escolares (meninos e meninas) na
idade de, digamos, 10 a 12 anos, nós podemos simplificar o problema
porque, neste caso, os jovens estão normalmente dando os primeiros
passos de sua experiência enxadrística e é, desta forma, mais fácil
combinar a formação da personalidade e o ensino de xadrez. Em outras
palavras, os aspectos educacionais e de formação de caráter do jogo
podem ser mais facilmente embutidos no espírito da criança junto com as
regras e as técnicas elementares.
Isto não significa que a tarefa é fácil. Longe disso. Entretanto,
limitando a área para incluir essencialmente principiantes, nós podemos
delinear, ainda que de uma forma ampla, os problemas básicos e procurar
respostas razoáveis. Além do mais, procedendo assim, nós estamos certos
que colocando a semente certa no campo certo, podemos colher bons
frutos.
O professor de xadrez que tem a tarefa de colocar os jovens escolares
em contato com o jogo de xadrez, enfrenta essencialmente dois
problemas: controlar o espírito de competição dos jovens jogadores e o
fato de que os pais muitas vezes não estão conscientes dos aspectos
educacionais do xadrez e destarte se comportam de acordo. Nesta, nós
discutimos uns poucos pontos básicos relativos ao primeiro problema, e
damos argumentos em favor da tese que o xadrez tem implicações mais
profundas na formação da personalidade, e desta forma é um excelente
instrumento para a educação infantil.
Os problemas básicos que o professor de xadrez tem que enfrentar e resolver podem ser divididos em duas categorias:
. A reação das próprias crianças depois delas terem aprendido as regras e técnicas elementares e começam a jogar.
. A colaboração dos pais. O preconceito muitas vezes encontrado de
que o xadrez é apenas e simplesmente um jogo, principalmente para
adultos e a tendência associada de atribuir-lhe um baixo valor
educacional.
O primeiro ponto está ligado ao conhecimento que o professor de
xadrez precisa ter. O segundo se relaciona a nossa habilidade de
convencer as pessoas sobre os aspectos educacionais do xadrez, e o papel
que ele pode representar como uma ferramenta de formação do caráter.
Matéria na íntegra em: http://www.superxadrez.com.br/index.php/noticias/74-influencia-do-xadrez-em-criancas
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